terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Acesso a base de dados - Clinical Trials


COMO ACESSAR A BASE DE ENSAIOS CLÍNICOS
(clinicaltrials.gov)

1 - Acessar o site clinicaltrials.gov onde se abrirá a tela abaixo:



2 - No campo Search for Studies adicionar o fármaco de interesse, o local de recrutamento e outros detalhes do ensaio clínico.

Como exemplo, adicionamos 1 methyl tryptophan (fármaco para terapia em câncer) e a tela que se abre é apresentada abaixo:


3 - Nela você pode observar o número de estudos realizados com o fármaco de interesse, quais são esses estudos e em que fase se encontram.

4 - Se você se interessar por algum estudo, você pode clicar nele e a tela abaixo será aberta. No exemplo, abrimos o primeiro estudo da tabela acima.  



5 - Nessa tela os detalhes da pesquisa são apresentados. Nas abas Full Text View, Tabular View e No Study Results Posted você pode obter mais detalhes da pesquisa.


BONS ESTUDOS!! 

Acesso a base de dados - ISI WEB OF SCIENCE

COMO ACESSAR O ISI WEB OF SCIENCE

Web of Science é uma base de dados que permite a recuperação de trabalhos publicados nos mais importantes periódicos internacionais, apresentando as referências bibliográficas contidas nos mesmos, informando ainda, sobre os trabalhos que os citaram, com referências a outros trabalhos. Compreende:
                Science Citation Index
                Social Citation Index
                Arts and Humanities Index

Siga os passos abaixo: 
1- www.usp.br/sibi
2- clicar em “base de dados”
3- clicar em “base de dados por ordem alfabética”
4- clicar em “Web of Science”
5- Selecionar a base de dados “Web of Science"  (1898 – presente). A tela abaixo será aberta em uma nova janela:



6. Preencher o campo de busca com os termos da busca.
7. Para restringir a busca: Acrescentar mais 1 campo e inserir mais um tipo de informação,  clicar em “Add Another Field”.
8. Quando procura-se por uma expressão, por exemplo "tryptophan metabolism" colocar a expressão entre aspas. 
9. Os artigos selecionados deverão ser impressos, gravados ou enviados por e-mail. Os artigos completos (full paper) devem ser recuperados por meio eletrônico (DEDALUS, portal da CAPES, Science Direct, diretamente com os autores por mensagem de e-mail) ou por cópia da revista na biblioteca.

Exemplo:

1) Procurar o artigo sobre extração da enzima glicose oxidase por micelas reversas publicados por Adalberto Pessoa Júnior, da Universidade de São Paulo, publicado no ano de 2002 a 2005 na revista Journal of Biotechnology.

TOPIC: glucose AND oxidase AND reversed AND micelles
AUTHOR: Pessoa A
PUBLICATION NAME: Journal of Biotechnology

Clicar em “Search”’


- Após efetuarmos a busca, encontramos:


Após clicar sobre o artigo, obtém-se:



Escolha de artigos: buscar somente pelo tópico: glicose-6-fosfato desidrogenase: glucose AND phosphate AND dehydrogenase

Resultados da busca: 10.328 results found (número excessivo)

·     Busca pelo tópico com restrição de data
- glucose AND phosphate AND dehydrogenase
from 2000 to 2009

               Resultados da busca: 3666 results found (continua excessivo)

·      Busca pelo tópico com mais restrição de data

- glucose AND phosphate AND dehydrogenase
- Year: 2009

              Resultados da busca: 422 results found (número adequado para checar todos os títulos e alguns abstracts, antes de ler o artigo completo).


Caso tenha interesse em aprimorar suas buscas, ao lado direito da tela clique em "Click here for tips to improve your search."  a e a tela abaixo será apresentada:



BONS ESTUDOS! 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Contraceptivo de emergência: muito além do balcão

Contraceptivo de emergência: muito além do balcão

     Em abril de 2013, o Ministério da Saúde lançou o Protocolo Levornogestrel, documento cujo objetivo é tornar mais ágil o acesso ao medicamento levornegestrel, substância utilizada como contraceptivo de emergência, tornando desnecessária a dispensação por meio de receita médica nos serviços de atendimento da rede pública de saúde no Brasil.
     Trata-se de um grande passo no sentido de assegurar o amplo direito ao planejamento familiar, garantido pela Constituição Federal Brasileira e regulamentada pela Lei do Planejamento Familiar (no 9263/1996) uma vez que as preferências sobre como as pessoas administram sua fertilidade devem ser respeitadas. O uso dos métodos anticoncepcionais, incluída a contracepção de emergência, deve ser garantido pelo Estado e seu acesso facilitado é defendido por parcela significativa da comunidade científica.
    Grupos contrários às políticas que garantem tal facilidade de obtenção alegam que medidas como essa podem gerar o uso indiscriminado e regular de um método exclusivamente emergencial. Entretanto, há na literatura especializada inúmeras publicações oriundas de diferentes partes do mundo - entre elas um estudo1 de 2006 realizado entre jovens universitários de diversas Regiões do País – que revelam que tal suspeita não se comprova.
     O documento do Ministério da Saúde observa que, além da dispensação do medicamento, devem ser realizados pela “equipe multiprofissional” do serviço de atenção o acolhimento da paciente e subsequente aconselhamento de acordo com a situação que a levar a buscar o atendimento (falha no método anticoncepcional regular, violência sexual, etc). Nessa conduta reside grande responsabilidade, pois tanto a orientação imediata à paciente quanto o acompanhamento e indicação de métodos adequados de uso regular constituem um conjunto que não deve ser dissociado, evitando riscos desnecessários à saúde da paciente e disseminando uma cultura de busca por informações em fontes seguras.
    Nos estabelecimentos de comércio de medicamentos a exigência da prescrição médica foi constatada como mera formalidade teórica2 e, em muitas ocasiões a indicação do tratamento é feita pelo atendente no balcão das drogarias1, que não necessariamente é um profissional da área de saúde. Observa-se que não existem protocolos semelhantes ao instituído pelo governo para farmácias e drogarias privadas3. Em alguns casos, a ausência de padronização de atendimento e dispensação é justificada como forma de preservar a privacidade e minimizar o constrangimento da paciente ao utilizar o medicamento. Porém, a consequência dessa ausência é a subutilização do método, pois a relação estabelecida nessa situação é meramente de comércio, sem que exista uma política de acompanhamento da paciente.
     Na questão do planejamento familiar, os serviços de saúde pública e privada deveriam agir de maneira sistemática e uniforme, disseminando informações
práticas, de forma simplificada, com o objetivo de desmistificar esse tema da saúde tão permeado por tabus.
    A informação configura o melhor método de planejamento familiar e a conduta verdadeiramente ética – valor presente no juramento dos profissionais de saúde – poderá então assegurar de maneira completa o direito4 garantido na Conferência Mundial de Direitos Humanos de 1968, pela Resolução XVIII da Assembleia Geral das Nações Unidas: “casais têm o direito humano fundamental de decidir livre e responsavelmente, quanto ao número de filhos e ao espaçamento da reprodução, como têm o direito de obter instrução e orientação adequadas a respeito”

LIVIA KARASAWA TAMASHIRO 
PEDRO EMÍLIO RODRIGUEZ CAMPANINI 

Uso recreacional do Viagra

Uso recreacional do Viagra

     No início da década de 90, o laboratório Pfizer realizou testes e pesquisas com o objetivo de criar um medicamento para tratar hipertensão e angina. Esse medicamento, que tinha como mecanismo de ação promover a dilatação vascular, não apresentou grandes contribuições para o tratamento dessas doenças, mas sim um efeito colateral – promoção de ereção - que passou a ser o principal efeito do medicamento, agora utilizado em pacientes com disfunção erétil.
     No seu início, o Viagra era procurado principalmente por pessoas com problemas de disfunção erétil, já que este transtorno atinge a metade da população masculina com idades entre 40 e 70 anos, de acordo com uma pesquisa recente promovida pela Faculdade de Medicina da USP, Fundação Oswaldo Cruz e Sociedade Brasileira de Urologia, com o apoio da Pfizer. Porém, com crescimento da popularidade do medicamento, começou a ocorrer o uso recreacional do citrato de sildenafila, principalmente entre os jovens, o que vêm preocupando a sociedade farmacêutica e médica.
     Atualmente, a quantidade comercializada do medicamento, os quais são vendidos em drogarias – muitas vezes sem prescrição médica – é alta. Isso ocorre devido a vários motivos, como curiosidade, pressão social (de amigos ou da própria parceira sexual) e principalmente à crença de que a pílula do Viagra atua como um afrodisíaco, melhorando o desempenho sexual. Logo, a possibilidade de ter uma pílula no bolso que permitirá uma suposta melhora na performance sexual explica o alto índice de vendas desse produto para jovens e também o seu uso indiscriminado de forma recreativa.
     O que realmente ocorre quando uma pessoa do sexo masculino ingere a pílula é a ação do princípio ativo sildefanil, que promove o prolongamento à ereção, pois retarda a enzima responsável pelo relaxamento do músculo. Assim, a ereção somente ocorre se houver estímulo inicial, visto que só assim o cérebro enviará sinais para a liberação de óxido nítrico, que promove a ativação de outras substâncias responsáveis pela ereção.
     Além disso, outras maneiras de se utilizar o Viagra vêm se tornando comum em baladas, casas noturnas e outros locais. O medicamento é ingerido com outras drogas, como o ecstasy, principalmente. Essa nova mistura é denominada “sextasy”, a qual permite, segundo usuários, vivenciar sensações proporcionadas pelo ecstasy, e, ao mesmo tempo, possibilita a ocorrência de ereção, devido ao Viagra.
     Dessa maneira, como o Viagra é um fármaco, existem efeitos colaterais, que são, na maioria das vezes, ignorados pela população masculina que o utilizam. Além dos efeitos físicos, como arritmias cardíacas, dores de cabeça, palpitações, distúrbios visuais e também priapismo (casos extremos de ereção contínua), surgem os efeitos psicológicos, como a dependência do medicamento, visto que, segundo pesquisas, muitos homens que utilizam o placebo do medicamento acreditam melhorar o desempenho sexual. 
     Portanto, o intenso uso de pílulas do Viagra entre a população, principalmente os jovens é preocupante para a área da saúde, visto que a maioria dos usuários dessa faixa etária não possuem problemas ligados à disfunção erétil, mas utilizam o fármaco como forma de prevenir-se e sentir confiança no momento de impressionar a parceira sexual, sem saber o risco que está colocando a sua saúde e também a sua autoconfiança, quando a pílula estiver ausente. Assim, o que era para ser recreacional no início, pode se tornar prejudicial para esses usuários.

Catharina Biasi Esteves da Costa 
Lucas Fonseca Gonzaga 

“O Viagra está na adolescência”

“O Viagra está na adolescência”
Não apenas por completar 15 anos de descoberta, mas também pela crescente popularidade entre os jovens

    Em 1985 iniciaram-se pesquisas para encontrar um medicamento que tratasse angina e hipertensão, porém pacientes em teste relataram a ocorrência de ereções, o que redirecionou o estudo do então hoje conhecido Viagra (Sildenafil citrate). Há cerca de 15 anos atrás ele foi introduzido no mercado pela empresa farmacêutica Pfizer, resultando em uma incrível explosão de vendas. Pode-se dizer que o pequeno comprimido azul revolucionou a atividade sexual masculina. Em um curto período de tempo, tornou-se sinônimo de remédio para disfunção erétil, conseguiu alcançar o posto de 2º medicamento mais vendido no Brasil e impulsionou a pesquisa por novas drogas.
     A “quebra de patente” no ano de 2010 tornou o medicamento muito mais acessível e supõe-se que tenha relação direta com o expressivo aumento de suas vendas. Porém, junto com essas informações, levantam-se importantes questões: os homens brasileiros andam com mais problemas de ereção do que anteriormente? Estarão as farmácias facilitando a venda do medicamento, não exigindo receita no ato da compra? Ou ainda, homens que não apresentam problemas em seu desempenho sexual estariam fazendo uso da droga de maneira recreacional e indevida? Tais levantamentos são intrigantes, porém a última pergunta é a que mais preocupa os especialistas. O problema ainda adquire uma esfera mais alarmante quando são adolescentes, em pleno início da atividade sexual, que adquirem o medicamento. De fato, dados apontam que o uso indiscriminado do comprimido por garotos é comum no Brasil.
     Uma pesquisa realizada com jovens entre 18 e 19 anos, na região de Houston-EUA, constatou que muitos deles já haviam usado o Viagra alguma vez em suas vidas. Um total de 415 jovens foram convidados a participar deste estudo, e deste número, 53 jovens disseram ter usado Viagra. As perguntas eram simples, tais como: Com quantos anos você usou o Viagra pela primeira vez? Por que você decidiu experimentar o medicamento? Quem estava com você no momento? Onde você adquiriu o medicamento? Como ficou sabendo da existência do Viagra? Quais são as consequências perigosas do uso? A maioria dos jovens que participaram acredita que a curiosidade e a pressão contribuíram para seu uso inicial, e muitos deles ainda disseram estar com seus amigos ou com suas namoradas. Eles também disseram que ouviram pela primeira vez sobre o medicamento em anúncios televisivos, com membros da própria família ou em eventos esportivos, e obtiveram a pílula através de amigos ou até mesmo roubando o medicamento de seus pais ou avós. Após o uso, alguns notaram certa tontura e ereção prolongada.
     O estudo descrito acima nos ajuda a compreender como e por que um garoto é levado a utilizar o medicamento imprudentemente, além de nos mostrar que não é um fenômeno restrito ao nosso país. Se o jovem está tomando o remédio para melhorar sua ereção é porque ela não está boa, o que pode ser um problema apenas de ansiedade e insegurança. O nervosismo sobre o ato sexual em si, o medo de provocar uma gravidez indesejada ou até mesmo sobre como colocar um preservativo adequadamente. Portanto, eles usam o medicamento para “mascarar” essa dificuldade e falta de autoconfiança, que pode ser resolvida buscando orientação médica ou psicológica.
     Segundo a psiquiatra e professora Carmita Abdo, da USP, que chefiou um projeto em 2008 a respeito da sexualidade dos brasileiros, os que mais usam o medicamento continuam sendo homens com idade superior de 50 anos, mas ele vem sendo cada vez mais requisitado pelos adolescentes. Como um agravamento, ela também afirma que “sempre há uma doença por trás da disfunção erétil, seja psíquica ou física”. O homem pode ter diabetes, hipertensão, colesterol e até mesmo depressão. Por isso, é imprescindível a ida a um especialista que saiba lidar com o assunto.
     Não se pode também deixar de lado a ocorrência de efeitos colaterais, que podem ser sérios caso o paciente já apresente certas doenças ou esteja tomando remédios cujos princípios ativos possam interagir com o Viagra. Dores de cabeça, taquicardia, rubor fácil, dores musculares e azia são alguns deles, além dos sintomas já citados pelos jovens no estudo descrito.
     A facilidade com que eles obtêm o produto também contribui com o uso extensivo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deixa claro que remédios de tarja vermelha devem ser vendidos somente mediante apresentação de receita, tal como o Viagra. No resultado de um estudo publicado pela revista Saúde Pública foi constatado que 100% dos usuários obtiveram o medicamento sem receituário, evidenciando a falta de controle na comercialização. Concluí-se então que o uso indiscriminado de medicamentos, tais como o Viagra, é prejudicial à saúde física e psicológica, e que o controle para a venda desse tipo de medicamento deve ser feito de forma mais rigorosa.

Cynthia Fernandes
Sophia Correa Rodrigues

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Acesso a base de dados - MEDLINE


COMO ACESSAR O MEDLINE


O acesso ao MEDLINE é feito através do SIBI/USP (Sistema Integrado de Bibliotecas da USP). O SIBI oferece várias possibilidades de busca a bancos de dados nacionais (incluindo dissertações e teses, obras raras e outros) e internacionais. O objetivo de nossa aula é o treino em bancos internacionais, mas isso não impede que você faça uma visita virtual ao SIBI e veja tudo o que é oferecido. A sequencia para acessar o MEDLINE é:

1- www.usp.br/sibi
2- clicar em “base de dados”
3- clicar em “acesso público”, do lado esquerdo da tela
4- clicar em “MedLine”
5- clicar em “MEDLINE acesso”

O MEDLINE é um banco de dados muito usado por pesquisadores da área de saúde na busca de artigos científicos. Entretanto, este banco traz muitas informações interessantes como alertas clínicos, banco de toxicologia (TOXNET), enciclopédia médica, textos médicos para pacientes, programas governamentais de estudos clínicos, ensaios de novos medicamentos. Esses itens podem ser acessados facilmente e vale a pena você dar uma olhada nesse material. Para a maioria dos artigos você pode acessar um resumo. Caso este resumo seja interessante pegue o artigo completo. Alguns deles estão acessíveis on line. Para os que não estiverem disponibilizados on line, busque saber em que biblioteca você pode encontrá-lo.

6- Para busca simples, digitar os termos da busca no campo.
7- Para pesquisar clicar no botão “Search”. Para apagar os termos digitados clicar no botão “Clear”.
8- Para busca avançada, selecionar “Advanced search” e definir os parâmetros desejados, clicando por último o botão “Search” (figura 1).


Figura 1. Tela de busca avançada do Medline

Exemplo:

1) Procurar o artigo sobre extração da enzima glicose oxidase por micelas reversas publicados por Adalberto Pessoa Junior, da Universidade de São Paulo, publicado entre o ano de 2002 e 2005 na revista Journal of Biotechnology.

“campo de pesquisa”: glucose AND oxidase AND reversed AND micelles
Ø  Em “Search Builder”, selecionar “AUTHOR”: Pessoa A
Ø  Clicar em “AND”
Ø  Em “Search Builder”, selecionar “JOURNAL”: Journal of Biotechnology
Ø  Clicar em “AND”
Ø  Clicar em “Search”



Figura 2. Resultado da busca avançada no Medline, de acordo com o exemplo acima. Notar que ao lado do artigo aparece a opção “related articles”, que fornece artigos relacionados ao que foi selecionado, dentro do mesmo banco de dados.

Bem Vindos! O objetivo deste blog é apresentar a disciplina de Informação Científica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Serão postados tanto informações a respeito da mesma, quanto textos interessantes dos docentes e alunos matriculados.

A escola deve capacitar o aluno a lidar com a informação e não apenas aceitá-la como verdade absoluta.